segunda-feira, setembro 17, 2007

A maior vitória da imprensa

Paulo Henrique Amorim escreveu recentemente um artigo no mínimo rídiculo entitulado "A maior derrota da imprensa". Basicamente o texto, escrito em tópicos, defende Renan Calheiros e comemora sua absolvição como se fosse uma vitória do senado brasileiro contra a imprensa. Que ele chama de golpista é claro.

Isto escrito por um petista não é nenhuma novidade. Petistas em geral, desde que se apossaram do poder, e de nosso dinheiro, passaram a culpar o trio imprensa, mídia e elites, sempre que alguma cagada deles é revelada. Foi assim no mensalão, dossiê, crise aérea, lulinha e telemar, com vavá e será assim com as descobertas da CPI das ONGs.

O estranho, é que esse petista é também um jornalista. Isso porque não foi nenhum orgão de imprensa ou de mídia que quebrou o decoro parlamentar. Foi o presidente do senado, Renan Calheiros.

Mesmo que o senador conseguisse provar que não recebeu dinheiro algum do lobbista, o fato dele ter recebido um favor de alguém que se beneficiou de emendas feitas pelo mesmo já configura quebra do decoro. Cézar Maia prefeito do Rio, em seu ex-blog relembra dois casos de cassação sobre quebra de decoro que não tinham sequer provas documentais: O deputado Barreto Pinto, fotografado de smoking em cima e cueca embaixo, e Collor por evidências de corrupção desencadeada por seu homem de confiança, mas sem provas documentais.

Mas, mesmo sabendo disso, um jornalista como Paulo Henrique Amorim, prefere de má-fé enganar seus leitores, e abusar da inteligência alheia escrevendo um artigo que nada mais é do que um folhetim de propaganda política. Ele chega a afirmar que 99% dos deputados e senadores fazem o mesmo que Renan Calheiro. Sem dúvida uma estatística mentirosa, mas que não exime o senador.

É o típico pensamento pequeno dos conformados com a corrupção. Pensam: Ah, todo mundo rouba mesmo, então deixa ele roubar. Lastimável um jornalista propagandear esse tipo de pensamento.

A vitória do senador Renan Calheiros, não foi contra a imprensa, foi contra a ética, foi contra o povo. Na verdade, com a absolvição de Renan a imprensa ganhou mais do que perdeu.

Vejamos: Um presidente do senado com mais dois processos de quebra de decoro parlamentar nas costas, um senado dividido e um desgaste desnecessário do governo para salvar um senador em troca da prorrogação da CPMF. Isso tudo é uma grande fonte de notícias e como consequência uma grande fonte de lucro.

A imprensa só perderá quando o governo parar de fazer burradas.

quarta-feira, setembro 12, 2007

PT salva Renan Calheiros em troca de CPMF

Renan Calheiros salvou-se hoje da cassação não por ser inocente, mas por causa de seu poder político e da salvaguarda do voto secreto. Os senadores petistas puderam votar livremente a favor do rei do gado, sem medo que seus eleitores conferissem sua canalhisse. Tudo isso para manter o apoio do PMDB na aprovação da CPMF. Com isso o PT sacaneia o povo duas vezes em uma tacada só.

A melhor coisa para o Brasil seria a queda do presidente do senado. Seria uma grande chance para que se criasse um segundo Roberto Jefferson. Um novo mar de lama seria descoberto. A coincidência no número de senadores a votarem contra a cassação, com o número de réus do caso do mensalão pode não ser só coincidência. Muitos rabos presos seriam puxados por vingança.

Contudo, o PT preferiu como sempre defender impunidade.

Lamentável.