segunda-feira, abril 02, 2007

Diferenças entre os apagões brasileiros

Durante o governo Fernando Henrique houve um grande aumento no consumo, principalmente de eletro-domésticos. Além disso as industrias e agronegócios puderam se modernizar renovando maquinário, devido ao câmbio favorável. Isso tudo causou um aumento no consumo de energia elétrica que não fora previsto. Os dois ultimos anos do governo Fernando Henrique tiveram uma das maiores auséncias de chuvas das últimas décadas. Como no Brasil 90% da energia consumida provinha de hidrelétricas, o resultado foi um apagão de quatro horas, seguido por um período de racionamento de energia.

O fato é que o governo tucano, apesar de ter agido tardiamente, agiu. Rapidamente criou-se o Programa Emergencial de Aumento de Energia no País, que previu a ampliação e a contrução de 20 novas hidrelétricas, 41 usinas termoelétricas e a construção de 5.707 quilômetros de linhas de transmissão. Dentre outras ações.

A grande diferença entre o apagão elétrico ocorrido no governo Fernando Henrique e o apagão aéreo que ocorre hoje no governo Lula é exatamente a pessoa que preside o país. Enquanto no primeiro houve uma reação rápida e eficaz, com um bom planejamento e segurança. O governo Lula dá cabeçadas na parede. Nenhum dos subordinados ao presidente obedecem suas ordens. Lula deu um ultimato à Infraero, ao ministério da defesa e à aeronáutica para que lhe dessem um prazo para o fim do apagão. Foi ignorado.

Outra grande diferença é que o apagão de energia ocorrido no governo Fenando Henrique não foi causado por ações do governo tucano, foi causado por uma certa inércia. Ao contrário do atual apagão do governo Lula que foi resultado de um corte pela metade nas verbas da aeronautica, pela nomeação de Carlos Wilson na presidencia da infraero, companheiro do presidente que desviou milhões nas obras em aeroportos, e pela campanha que o atual governo fez para a derrocata da Varig.

Enquanto isso brasileiros continuam sendo humilhados nos aeroportos, turistas desistem de vir ao Brasil e aproxima-se um enorme fiasco internacional devido aos jogos pan-americanos. Tudo isso sem prazo e sem planos para terminar.

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Um comentário:

Anônimo disse...

Concordo, com a reação tardia,
mas se o atuais “administradores” utilizassem a principal ação do show de competência do apagão elétrico( foi se comparamos com a Califórnia), a solução a solução equivalente deveria ser o RACIONAMENTO DE VÔOS.

Agora parece que muita gente na se lembra do APAGÃO DA IMPORTAÇÃO, este sim semelhante ao atual, quando o pessoal da receita federal executava e ainda executa “operação padrão”, e olha são os melhores salários do executivo.

Parece que esqueceram que chegou faltar medicamentos, equipamentos, atrasos em projetos importantes, problemas contratuais e judiciais. Parece que alguns não “botaram a boca no trombone” por temerem “retaliação” do fisco.

Creio que neste caso o da receita que tem um processo que depende da intervenção humana com razoável semelhança ao apagão aéreo (controle de trafego/transito – avião / mercadoria / pessoas), também não existiu a dita competência.

Escutei “por ai um informe” que parte da reação dos controladores é por parece que devera ocorrer em nível mundial um “upgrade” de tecnologia e processo, nos próximo 5 a 7 anos que irá, eliminar bastante a dependência dos “controladores”, e parece o as reações estão ocorrendo no EUA, na França e outros lugares. De certa forma isso pode ser visto naquela entrevista daquele operador suíço, no Fantástico, quando criticou, “funções que software brasileiro que automatizava no controle de vôo”.

Xnaps